sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

E se eu pudesse voltar atrás

E se eu pudesse voltar atrás? Eu faria tudo igual, pois foi nos meu maiores erros que eu aprendi a dar valor ao que merece, a me sentir feliz com pouco e a ser conquistada com um sorriso.
Eu sofri, inúmeras vezes. Sofri por antecipação, sofri por insegurança, sofri por dúvida, sofri por paixão, sofri por amor,  sofri por quem não valia a pena, e sofri por quem valia.
Mesmo assim não vou olhar para trás, as magoas um dia me tornaram mais fria, mais cautelosa, confesso, até um pouco ou muito medrosa. O que posso dizer? Processo natural pós trauma?
Me divorciei das minhas magoas a partir do momento em que percebi que a frieza que ela me trouxe também me tornou uma pessoa infeliz, com medo de arriscar, com um certo medo de ganhar, pois poderia significar também perder. Ai eu perdi, sofri por medo de sofre, perdi no momento que tive medo de perder, me perdi de mim...
Então voltei atrás, em busca do meu eu, de quem realmente sou, mas que a dor corrompeu, Cadê você, eu? Me perguntava, e perdi novamente, pelo mesmo erro juvenil de perder...me precipitei.
Mas na perda eu aprendi, não, não era assim que eu queria prosseguir, essa não era eu, e retalhos de mim já não me bastavam. Quero ser inteira para vida, quero cair, sem ter medo de me levantar, me levantar, sem ter medo de cair, e a vida não parou para eu me reconstruir. Então segui, aos poucos juntando os meu cacos, me refazendo e, como toda remenda, não sou mais a mesma, chego até aqui, vindo de tão longe, depois de ter enfrentando um caminho cheio de pedras, mas sentindo um enorme orgulho de mim.
Se eu pudesse voltar a trás? Sim, faria tudo igual, porque sou o resultado de minhas escolhas, a soma de minhas ações, a maturidade de minhas experiências. Sou vitoriosa, não tenho mas o medo da criança de viver, alias, tenho sede, tesão, amor pela vida. Tenho lá minhas duvidas se uma vida só sera suficiente, porque minha fome de sentimento é grande.
Aprendi que a vida é como a rosa, ela é bela, mas também contém espinhos, e só quem dá valor a ela, não se importará de se feri de vez enquando. Por isso sigo assim, cabeça erguida, coração aberto, não vou fechar os olhos, nem na hora de voar.