Como é difícil a transição do passado para o futuro.
Quando deixamos coisas, pessoas, momentos em nossas lembranças.
Com aquela sensação de estar substituindo por coisas novas.
O novo soa como algo bom, mas nem sempre ele é ou apenas nem sempre o encaramos como algo bom. Vivemos baseados no lema de mudar a vida, no circulo sem fim e vicioso do recomeçar.
Quantas coisas não foram deixadas para trás? Quantas pessoas não foram esquecidas?
Quantas dores não foram curadas? Essa é a função do tempo, levar certas coisas de nós.
Coisas essas que talvez não usávamos, pessoas que não nos amavam, momentos que por mais que foram bons, devem dar caminho para outros momentos, mesmo que não sejam tão felizes.
Essa é a vida, as coisas, as pessoas, vão e vem como a onda do mar espalhando a areia. Há pessoas que permanecem por mais tempo, mas nunca eternamente.
E o problema maior de toda mudança é aceita-la, desgarrar do que já foi. Principalmente das pessoas, ao menos no meu caso.
Como é difícil deixar as pessoas de nossas vidas partirem, vê-las seguirem sem agente do lado, e não digo de morte, digo de vida. Como é difícil deixar alguém viver sem agente.
Diz-se que o amor não é egoísta, mas o ser humano é. Quer as pessoas para sempre ao seu lado, sem cogitar a hipótese que para sempre é muito tempo. Mas quando se vê ele já acabou.
E nesse processo todo, do momento que uma pessoa entra em nossa vida, até o momento em que ela sai, tornamos um porto em que talvez um dia ela queira voltar, um abrigo em que ela queira ficar?
O assunto aqui não se refere somente ou principalmente a amores não correspondidos, dores de amor e separação. Estou falando de toda e qualquer forma de amor. Digo amizade, familiar, heterossexual, homossexual, qualquer amor.
Quantas vezes não damos muita atenção aos nossos filhos, na correria do dia a dia, sempre ocupados, mas um dia quando eles partem para o mundo, sentimos extrema saudade.
E aqueles amigos, que por falta de uma compreensão ou compaixão, perdemos o contato, se perdem de nosso conhecimento, e fica a saudade do tempo que estavam juntos.
Lembrei-me de tantas pessoas que estão ausentes na minha vida atualmente, pessoas que na minha ingenuidade juvenil achei que estariam para sempre comigo. Sim, continuam em meu coração, em minhas mais belas lembranças. Mas há quanto tempo não as vejo? Umas não vejo a dez, quinze anos. Outras nem sei se ainda estão vivas.
É triste, mas ai o que nos consola e que dia após dia conhecemos outras e outras pessoas, que se você não cuidar, um dia ficaram para trás com seu passado também.
Você pode me indagar: mas em alguns momentos é impossível não perder contato. Talvez, mas temos tanta tecnologia para que isso não aconteça, não é mesmo?!
Numa auto-reflexão pensei, qual ou quais as pessoas que atualmente deixei sair da minha vida?
Em que circunstância? Qual seria a solução?
Conclui que em certos momentos devemos deixar as pessoas seguirem, e seguir também. Não é porque duas pessoas seguem caminhos diferentes que não podem um dia se reencontrar. Muitas vezes o destino da caminhada é o mesmo, nós que não sabíamos.
Vou seguir tentando deixar coisas, pessoas e momentos que já foram no passado, torcendo pra que no fim do percurso o reencontro seja melhor que o encontro, porque haverá saudade.
tempo é realmente algo dificil de lidar
ResponderExcluirolhando pra trás msmo os melhores momentos parecem tão curtos
e a incerteza do futuro deixa a gnt mais apreensivo ainda
Kbritovb...
ResponderExcluirCom certeza, é um tema que terá vários textos, vários pontos de vistas, porque é uma coisa realmente dificil de lidar, o que causa uma auto-reflexão.
Obrigada por visitar meu blog
Bjs