E vamos nos concentrar em adivinhar o que as pessoas andam conspirando contra nós. vamos analisa-las friamente. O que de você mente? O que de você realmente?
E vamos caminhar sobre a dúvida, quantos amigos terei, verdadeiros? Quantos amores terei, qual será pra vida inteira, e quantos aniversários farei?
E vamos navegar na desconfiança, quantas verdades são mentiras? Quantas mentiras são verdades. Quando o bem é maldade. E quando a maldade nos deixará bem? Posso mentir olho no olho, posso ser verdadeiro me desviando? Posso dar minha mão, sem que arranquem meu coração? Quando posso confiar em um Não?
E vamos mergulhar na loucura. Os fatos realmente me passam a verdade? Que se foda, essa é a minha verdade. Não preciso de amorosidade! Qual é minha idade? Não sou dessa cidade. Quantas e quantas possibilidades? Me sinto só. Me sinto só, e estou feliz. Quero alguém que cuide de mim. Eu nunca quis estar aqui. Eu não sirvo para amor. Me ame por favor. Mais um pouco meu senhor. De você tenho horror. Eu não sei amar. Eu amei uma única vez. Eu amo todo mundo. Por favor me esqueça de uma vez. Nunca mais quero te ver. Quero te dar um abraço. Vou lhe enfiar um soco. Por você eu quase morro.
E vamos nos enfiar na escuridão. Tenho medo do escuro. Mesmo que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum. Eu sou apenas mais um. Não me deixe sozinho aqui. Por favor me deixe sozinho. Sou um lobo solitário. Sou alguém que nunca foi amado. Não tenho família alguma. Sempre serei sozinho. Minha família são meus amigos. Minha família não liga para mim. Sou família de um membro só. Eu simplesmente amo minha família. Eu não sei o que é família.
E vamos nos perder em nossas carências. A mulher que eu sempre amei. Hoje não te quero mais. Desculpa eu me enganei. Eu tentei. Eu não consigo de te amar. Eu prefiro tentar. Não morrerei sozinho.
E vamos nos definir na desumanidade. De você não tenho saudade. Eu quero que você morra. Não to nem ai para toda essa porra. Não se meta na minha vida. Eu tenho nojo de você. Vou te bater até você morrer. Não acredito em você. Você é um ser escroto. Não quero te ver nem pintado de ouro. Sou muita coisa para você. Você nunca me fez feliz. Eu nunca te quis. Vai tomar no seu nariz.
E vamos nos preocupar com bobagens. Você me ama? Você mentiu para mim? Você não me esqueceu? Por mim você ainda morre, tenho certeza. Você foi uma desgraça em minha vida. Eu nunca devia ter te conhecido.
E por fim, vamos viver assim. Com amores pela metade. Com julgamentos infundados. Com argumentos improváveis. Em um mundo onde o lema é: Faça guerra, abaixo ao amor. Onde se julga saber tudo, e sem se preocupar com o nada que restou. Onde relações se firmam em um vazio, se rompem com facilidade. Não há continuidade, só há rupturas, rachaduras. Nada mais cabe remendo, não gaste seu reboque. Onde há muitas arestas não se vale o aparo. O mundo perdeu a mão do reparo. Vamos chutar o pau da barraca. Vamos jogar tudo para cima. Montaremos no trator e passaremos por cima de sentimentos, de pessoas e da lógica. Tudo é justificável. Você merece minha dúvida, você merece minha agressão, você merece minha ofensa. Some daqui. Tira a mão de mim. Me esquece. Eu te odeio.
Vivendo em um mundo escasso. De recursos naturais, de recursos humanos, de recursos divinos. Vamos abandonando o barco.
Pra que amor? Eu posso fazer a guerra.
Pra que perdão? Eu posso alimentar meu ódio.
Pra que compreensão? Se meu rancor já se tornou meu companheiro.
Pra que carinho? Se posso lhe oferecer meu desprezo.
Pra que respeito? Respeito, me foi roubado, e não terei respeito por você, nem por quem está por vim, nem por quem se foi. Minha vida justifica meus atos. Minha dor justifica quem sou. Meu medo justifica minhas reações. Meu passado justifica minha frieza. O amor me abandonou. Estou à deriva. Não me importa o que você ache, o que você sente, o que te fere. Não estou nem ai para mais nada. Estou morto, por dentro. Nada de belo, nada de gentil floresce em mim.. Não vou me importa o quanto doí em você. Não deixarei ninguém mais me machucar.
Seguirá no infinito, onde tudo é vazio, onde tudo é frio, mas sempre haverá possibilidades.
Está lá infeliz. Forte, determinado, se apresentando como auto suficiente. Mas sua alma está perdida, precisando mais de amor, do que qualquer outra alma. Eis o dom da misericórdia. Você ainda será, até meu último dia nesse plano, o meu principal motivo para orar. Minha maneira de salvar o mundo da desumanidade. Minha maneira de purificar minha alma. Minha maneira de manter minha conectividade com Deus. A magoa nunca será maior que a força do meu perdão.
que texto forte!!! rsrs... mas gostei.
ResponderExcluirUma pena que existem pessoas que são exatamente assim: poços de frieza e rancor. Não sabem o que estão perdendo plantando isso tudo ao invés do amor.
Renato Russo disse uma vez: "Digam o que disserem. O mal do século é a solidão. Cada um de nós imerso em sua própria arrogância. Esperando por um pouco de afeição." E é assim que seguimos, negando sentimentos humanos...com a prepotência cega de que não precisamos de ninguém. Sim, nascemos e morremos sozinhos, mas entre esses dois tempos, não há naturalidade em solidão. Então vivemos no tempo em que Amar é um absurdo!!!
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